O bilionário Elon Musk anunciou, nesta quarta-feira (28), sua saída do governo de Donald Trump. Ele atuava como conselheiro especial e chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). A Casa Branca confirmou a informação.
Em mensagem publicada no X, ele agradeceu ao ex-presidente pela oportunidade e afirmou que seu ciclo na função chegou ao fim.
Durante os 130 dias em que ocupou o cargo, Musk se envolveu em pautas fiscais, afirmando ter contribuído para a meta de reduzir o déficit em US$ 1 trilhão, cerca de R$ 5,7 trilhões.
Musk é a marca do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) desde que Trump o nomeou em 20 de janeiro. Desde então, o departamento têm vasculhado agências federais com o objetivo de acabar com gastos excessivos, corrupção e fraude do governo.
O empresário deverá se dedicar 100% às suas empresas.
Vários veículos de mídia apontam desgastes na relação com Donald Trump ao longo do período de atuação.
O principal motivo teria sido as discordâncias em relação às tarifas de importação. De acordo com a BBC, Musk chegou a chamar o assessor Peter Navarro de “Czar da importação”. Ele também teria afirmado que as taxas prejudicam a Tesla, uma das principais empresas de Trump.
De acordo com o Le Figaro, o envolvimento político de Musk teve um impacto negativo expressivo sobre a Tesla. As vendas de veículos elétricos despencaram. A queda nas vendas e a desvalorização das ações da Tesla causaram uma perda de mais de US$ 350 bilhões em valor de mercado. Além disso, outras empresas de Musk, como a rede X (ex-Twitter), enfrentaram críticas por perderem a neutralidade.
O empresário desmente a informação. Em sua rede social X, ele republicou posts em que afirma que deixa o cargo por causa do prazo e que a grande mídia tentaria emplacar o discurso de que houve um desentendimento entre eles.
Musk já havia falado sobre deixar o cargo em 22 de abril, durante uma conferência da Tesla:
"Acho que a partir provavelmente do próximo mês, maio, meu tempo dedicado à DOGE cairá significativamente. [...] Então, acho que continuarei a dedicar, sabe, um ou dois dias por semana a assuntos governamentais pelo tempo que o presidente quiser e enquanto for útil."
Enfatizou também que acredita que realizou um trabalho eficaz, embora não tanto quanto poderia. Em entrevista coletiva realizada pelos jornalistas e publicada pela Axios em 30 de abril, afirmou:
“No geral, acho que fomos eficazes. Não tão eficazes quanto eu gostaria, mas progredimos".
Disse também que ainda há um longo caminho pela frente [no sentido de reduzir gastos e acabar com ineficiência governamental]:
“É bem difícil. É uma questão de quanta dor o governo e o Congresso estão dispostos a suportar. É possível fazer, mas requer lidar com muitas reclamações".
Trump classificou como "tremendo" o trabalho de Musk no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que ele mesmo sugeriu criar. Musk via o órgão como uma start-up: necessária em seus primeiros passos, mas capaz de caminhar sozinha.
Aos 53 anos, Elon Musk construiu sua fortuna a partir de sua genialidade, gosto pelo risco, paixão por tecnologia e um estilo inovador.
De acordo com o Le Figaro, Musk segue atuando com poder e visibilidade, agora de forma mais estratégica e concentrada no setor privado.
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